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Mostrando postagens de abril, 2020

É, Cazuza, faz parte do meu show...

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          A literatura impregnou-me desde cedo. Graças aos hábitos arcaicos de meu pai, acabei adquirando certa devoção às evidências literárias e conspiraçãos poéticas e filosóficas. Antes fosse isso, caro leitor, na verdade, apenas mais velho descobri o real sentido de tais universalidades, e, percebendo minuciosamente, conclui que sim, havia literatices até nas coisas simples que moldaram o meu imaginário infantil. Dentre estas simplicidades e causalidades, havia Cazuza.           Meus familiares e os amigos dos meus familiares costumavam reunir-se em bandos numa sexta-feira noturna para ressuscitar algumas das vozes da música popular brasileira. Eles bebiam, cantavam e choravam ao som de artistas como: Renato Russo, Belchior, Cartola, Elis Regina e Cazuza. Declamavam histórias e momentos eternizados na juventude anos 80: os bares, amores e rebeldias de uma geração que acabara de sair de quase 30 anos de ditadura militar. Era mágico. E eu, como bela criança que não compreendia