Por que o Funk nunca morre?
Mc Dricka é um dos maiores talentos da nova geração do Funk. |
A poesia não é erudita. Não pertence a ninguém, tampouco é sinônimo de falsos preceitos ideológicos. A poesia é independente, manifestada em todos os séculos e refém das condições humanas, o ser é um eterno poema inacabado. O funk é uma das maiores manifestações poéticas que eu já vivi, e não há nenhum exagero nisto. Voltando ao início, ''carrega música carrega consigo uma história''. Obviamente, o gênero não escapa das inovações, e isso é essencial, viver é adaptar-se, mudar é sobreviver. E de sobrevivência entendemos bem aqui. Mas, desde às suas origens, o funk não deixa escapar uma vertente: a realidade. Assim como o samba no início dos anos 30, a realidade é musicada por quem a vive na pele.
Baile Funk nos ano 80. Foto: Folha de S. Paulo |
Baile Funk nos anos 70. Rio de Janeiro. |
Fernanda Adrielli, de 21 anos, é um dos maiores talentos da nova geração do funk. Talvez esse nome seja estranho, porque não é com ele que a ''Rainha dos fluxos'' é conhecida. Nas noites e no mundo, a magistral MC Dricka. Porém, até junho de 2019 a cantora pensava em abandonar a carreira. Com dificuldades até para comprar comida, o sonho de MC parecia distante. Mas a sua primeira de música de sucesso, ''Empurra, empurra'', mudou essa realidade. Com mais de 50 milhões de visualizações, hoje ela é inabalável no cenário. Em entrevista, ela diz "Eu mal tinha o que comer e meu objetivo era que a música batesse 20 mil visualizações. Aconteceu tudo muito rápido pra mim. É muito louco pensar que sou destaque no funk, ver todo mundo cantando minhas músicas onde passo, as pessoas gostando do meu trabalho." .
E nós desenrola nas palavra, não leva desaforo pra casa
Eu que posso me bancar''
E nós tem um charme que é da hora. 2020
Algumas perguntas foram criadas apenas para serem perguntas. Não exigem uma resposta concreta. Mas, afinal, ''Por que o funk nunca morre''?, não me dou ao trabalho de resolver esse enigma, embora eu acredite que em cada more um funk próprio. Quando criança, passava horas ouvindo as melodias românticas de Claudinho e Bochecha, tocavam no programa ''Amor sem fim'', na Rádio Liberal Fm. ''Fico assim sem você'' e ''Só love'', deveriam ser os hinos do primeiro amor. A grande verdade é que o funk é imortal, resiste, se adapta. Novos discursos chegam, novos poetas surgem, e a luta continua. Não sejamos só mais um silva.
Fonte:
https://www.todamateria.com.br/origem-do-funk/
https://www.buzzfeed.com/br/guilhermelr/mc-dricka-baile-funk-sao-paulo
Que trabalho incrível!! ❤❤❤
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